Desde 3 de dezembro Belém está sediando a exposição itinerante: “Pierre Verger - Uma ponte sobre o Atlântico”, no Museu de Arte de Belém (Mabe). Trata-se de imagens, feitas pelo fotógrafo francês, que mostram cultos religiosos em terreiros de candomblé do Suriname, Paramaribo e Belém, entre os anos de 1948 e 1950. Ainda não pude visitar a exposição, devo ir nessa semana. Segue aí a transcrição das informações, com horários e um texto sobre a exposição, contidas no site da Fundação Pierre Verger:
Museu de Arte de Belém - Belém
03 de dezembro a 31 de janeiro
De terça-feira a sexta-feira, das 10h às 12h e das 14h às 17h
Sábados e domingos, das 09h às 13h.
03 de dezembro a 31 de janeiro
De terça-feira a sexta-feira, das 10h às 12h e das 14h às 17h
Sábados e domingos, das 09h às 13h.
Entrada gratuita
"Tendo como interesse as imagens registradas por Pierre Verger no Suriname em 1948, em sua maioria inéditas, esta exposição permite ao visitante uma abordagem sobre a temática que é carro-chefe das obras de Verger: a América Negra. Ainda que pouco conhecidas dentro do conjunto de obras de Verger, as fotografias registradas no Suriname ilustram perfeitamente o trabalho realizado pelo fotógrafo sobre as questões afro-americanas. Neste trabalho, o Suriname – e de modo geral as Guianas – se encontram no coração desta América Negra, no centro de um triângulo constituído pela América do Norte, América do Sul e Antilhas.
Realizadas pouco tempo após sua chegada à Salvador e num momento em que ele planejava retornar à África, as 34 imagens do planalto das Guianas apresentadas nesta exposição (numa média de 250 existentes) mostram o envolvimento habitual de Verger com o cotidiano do homem, de um lado, e com as culturas negras e seus aspectos religiosos, de outro. Com o objetivo de contextualizar o trabalho realizado nestes lugares, esta exposição é complementada por outras 49 imagens de Pierre Verger realizadas no Novo Continente, com uma temática afro-americana, associadas a imagens realizadas onde tudo começou: o continente africano. Encontramos, nesta exposição, associações de imagens que ilustram o fluxo e refluxo sobre o qual Verger tanto escreveu.
Realizadas pouco tempo após sua chegada à Salvador e num momento em que ele planejava retornar à África, as 34 imagens do planalto das Guianas apresentadas nesta exposição (numa média de 250 existentes) mostram o envolvimento habitual de Verger com o cotidiano do homem, de um lado, e com as culturas negras e seus aspectos religiosos, de outro. Com o objetivo de contextualizar o trabalho realizado nestes lugares, esta exposição é complementada por outras 49 imagens de Pierre Verger realizadas no Novo Continente, com uma temática afro-americana, associadas a imagens realizadas onde tudo começou: o continente africano. Encontramos, nesta exposição, associações de imagens que ilustram o fluxo e refluxo sobre o qual Verger tanto escreveu.
Este evento, somente possibilitado graças ao encontro do historiador francês David Redon com a Fundação Pierre Verger, é, num primeiro momento, dedicado ao público das Guianas e das Amazônias. A exposição acontecerá sucessivamente em Caiena, Saint-Laurent des Maronis (Guiana Francesa), Paramaribo (Suriname) e em Belém (Brasil) antes de começar um segundo itinerário na região das Antilhas e depois, eventualmente, seguir para a Europa.
Além disso, seguindo um princípio de Pierre Verger, para quem a fotografia era antes de tudo um meio de comunicação e um pretexto para as viagens e os encontros, serão realizadas navegações pelos rios guianenses (únicas vias de transporte nesta região da floresta amazônica) com o intuito de apresentar as imagens em técnica audiovisual às populações marrons que talvez nunca teriam a possibilidade de descobrir tais registros. O fotógrafo francês Christophe Chatverre acompanhará a expedição para gravar os encontros.
Para concluir, um catálogo que mostra o conjunto de imagens desta exposição contextualiza de maneira breve Pierre Verger e a história das populações marrons do Suriname, com um notável prefácio do antropólogo americano Richard Price, especialista em assuntos afro-guianenses."